

É uma realidade muito dura. São pessoas que sofrem com a falta de tudo e é difícil até mesmo saber por onde começar para ajudá-las.
Uma das coisas que me chama a atenção e me inquietam o espírito desde que chegamos aqui, no fim de janeiro deste ano, é o alto índice de analfabetismo. Quando vivemos na cidade perdemos a noção dessa triste realidade brasileira.
Temos crianças que já passaram do terceiro ano e não sabem ler ainda e, pior ainda, adultos - muitos adultos! - que não conseguem ler ou escrever.
Estamos terminando uma conferência bíblica em uma localidade chamada Arraial, em Travessão. Cerca de 80% do nosso auditório não sabe ler e meu grande desafio agora é ensiná-los.
Mas como vou fazer isso, se não sou professora e não tenho nenhuma experiência em sala de aula? Como montar uma turma em um local sem carteiras ou quadro de giz e sem dinheiro para comprar?
Não vou esconder que estou com um misto de sentimentos no meu coração. Sinto medo, pela falta de experiência, sinto ansiedade, pela vontade de ajudá-los e de usar esse meio como mais uma forma de levar a palavra de Deus até eles e ânimo, pelo tamanho do desafio que representa!
Isso significa que tenho lutado para destruir meu eu e me colocar nas mãos do Senhor, para que ele substitua todas essas inquietações por Sua capacitação pelo poder do Espírito Santo.
Conto com a oração de vocês!